RESENHA/CINEMA: A CHEGADA
- chaclivros
- 17 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

“Quando seres interplanetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto, é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e a existência de toda a humanidade.”
Ao analisarmos o cartaz do filme A Chegada, pode até parecer mais um roteiro de ficção científica. Entretanto, a combinação das atuações de Amy Adams (Trapaça) e Jeremy Renner (Os Vingadores), Forest Whitaker (O último Rei da Escócia), ao lado do diretor Denis Villeneuve (Os Suspeitos), fazem com que a trama embarque em uma viagem que explora muito mais que apenas a vinda de seres extraterrestres à Terra. Com uma linguagem fotográfica puxada para os tons mais frios, o roteiro chega a explorar diversos gêneros da sétima arte, dando destaque ao drama, com momentos que chegam a serem até melancólicos, até as clássicas características futurísticas da ficção científica. A trama gira em torno da chegada, sem aviso, de doze naves ovaladas em diversos pontos aleatórios do globo. Em consequência do desconhecido, caos, terror, violência e confusão passam a assombrar o planeta. Enquanto isso, os governos tentam organizar diferentes maneiras de se comunicarem com as forças invasoras. Com pouco sucesso, o governo americano resolve contratar a linguista Dra. Louise Banks (Amy Adams) e o matemático teórico Ian Donnelly (Jeremy Renner) para, juntos, elaborarem alguma estratégia de negociação com os aliens. Com o objetivo de fazer com que respondam à pergunta “o que vocês querem? ”, o filme explora não apenas as complexidades da natureza da linguagem, como também as barreiras encontradas na política, cultura e nos jogos de interesse. Para aqueles que buscam filmes que fazem você pensar, questionar e teorizar, A Chegada é com certeza uma boa pedida. Muito mais que apenas abordar a vinda de seres de outro planeta, Villeneuve na verdade apresenta ao público uma forte crítica as relações pessoais, ao tempo e espaço, além de nossa própria existência na Terra.
Yasmin Marie
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