RESENHA: A REBELDE DO DESERTO

chaclivros
28 de dez. de 2017
2 min de leitura

O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Resenha:

Estava ansiosa demais para ler esse livro. Vinha há tempos procurando a oportunidade. Ainda em clima de livros de fantasia, A Rebelde do Deserto parecia o livro perfeito para seguir minha maratona do gênero.

O livro se inicia já em meio ao caos, instigando o leitor logo de princípio. Além disso, logo percebemos que a personagem principal é só arraso!

Amani, a estrela do livro, é uma personagem muito enigmática. Densa, complexa e aquela personagem feminista que pronta para enfrentar as opressões de seu sexo, classe social e muito, muito mais.

Outro personagem que acompanhamos é o misterioso Jin, o farasteiro. Jin, muito em parte por todo seu mistério, é um personagem difícil de compreender plenamente. A autora deixa muito nas sombras, deixando o grosso, como comentei anteriormente, para o fim do livro.

Em relação ao desenrolar da obra, confesso que o livro segue aquele típico primeiro volume de trilogia, em que boa parte da emoção aparece apenas para o meio/fim da trama, reservando o começo mais para a construção dos personagens, cenário e preparando o terreno para as futuras tempestades. Mas não se aflija, a narrativa da autora segura bem o leitor e você é constante instigado a querer saber o que acontecerá em seguida.

Outro ponto que percebi foi algumas incongruências na narrativa da autora. Em alguns momentos ela cita uma situação, para em seguida contradizer. Coisas na maior parte banais, mas para os leitores mais astutos, logo perceberão.

Como um todo, A Rebelde do Deserto é uma leitura deliciosa e diferente da maioria dos livros do gênero.