RESENHA / LIVRO: GOSSIP GIRL - AS DELÍCIAS DA FOFOCA

chaclivros
18 de mai. de 2017
3 min de leitura

"Adolescentes adoram fofocar em qualquer lugar do planeta, mas no mudinho fabuloso dos jovens da alta sociedade nova-iorquina as fofocas são sempre mais divertidas, nem que seja pelas suas roupas caras de estilistas famosos, pelas casa de férias em lugares hiperchiques, pelos litros de bebidas que consomem ou pelas brigas sem qualquer motivo. Em Gossip Girl, iremos conhecer o universo quase secreto doa alunos de tradicionais escolas particulares para meninas e meninos, onde nem mesmo os horríveis uniformes conseguem esconder a beleza desses afortunados".

A primeira vez que li Gossip Girl eu estava ainda na escola e eu tinha uns 15 anos, ou seja, vão fazer 10 anos desde que me rendi aos drama da Blair Waldorf e da Serena Van Der Woodsen. Sim, a velhice bateu na porta. Entretanto, com o lançamento da série em 2007 e agora com a criação deste blog, resolvi revisitar o primeiro volume da série e tirar novas conclusões em relação a obra.

Resenha:

Gossip Girl será seu típico livro “estou com tempo livre e quero ler algo descomplicado”. E não me leve a mal, não há nada de simples na trama desses adolescentes, mas em relação a narrativa, não há muito do que se preocupar. Como a própria sinopse nos explica, Gossip Girl – As Delícias da Fofoca é o primeiro volume da série de livros – ao todo são 11 volumes – em que o leitor é convidado a conhecer os dramas da vida da alta sociedade nova iorquina, em específico, um grupo de adolescentes de uma escola particular.

Como um todo, a leitura é divertida e, muitas vezes, viciante. Entretanto, apesar da enorme bagagem histórica - muitas vezes envolvendo problemas familiares e financeiros – os personagens são fracos e rasos, sendo pouco explorados como um todo. Ou seja, não há uma grande profundidade em relação aos participantes da obra. O que me fez muitas vezes questionar o por quê da minha preocupação se a Blair e a Serena iriam um dia voltar a ser amigas...

Como é de se esperar, há inúmeras menções em relação a marcas de luxo, pontos turísticos e casas de veraneio. Além disso, há um uso meio excessivo de bebidas alcoólicas, participação quase nula dos pais no dia a dia dos personagens e a independência quase que surreal destes. Em relação a este cenário, tive a forte impressão de que, muitas vezes, esquecia que os personagens tinham apenas 16 anos.

Em relação as tramas e a história como um todo, não há como fugir da superficialidade. O problemas são "problemas de gente rica", se assim podemos colocar, em que a fofoca e os mimos são centrais em qualquer argumentação. Entretanto, por uma estranha razão você é absorvido naquilo, despertando o seu “eu fanático por Hugo Gloss e Caras”, e quando viu, você devorou o livro sem ao menos perceber.

Para fechar, um aspecto curioso e que me chamou a atenção é que, apesar de ter sido lançado em 2005 – muito antes do boom das redes sociais – o livro pode ser visto como extremante atual, em que as palavras SMS e Blog poderiam facilmente serem substituídos por Whatsapp e Facebook sem impacto algum.

Impressões finais... Como um todo a experiência foi nostálgica e ao mesmo tempo revelador. Muitas dos contextos abordados no livro já não me fazem mais sentido e a emoção de ler não foi a mesma que aos meus 15 anos. Entretanto, continuo a achar o livro um passatempo legal, não se destacando como o melhor livro do ano entre minhas leituras (ou até mesmo série se eu optasse por reler todos os 11), mas uma leitura rápida e ótima para uma distração.