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RESENHA - A MENINA SUBMERSA - MEMÓRIAS

  • chaclivros
  • 23 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

A Menina Submersa: Memórias Caitlín R. Kiernan Obsessões e assombrações à flor da pele. Uma “obra-prima do terror e da fantasia dark” da nova geração A Menina Submersa: Memórias é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do “real” sobre o “verdadeiro” e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos.


Resenha:

Ler “A Menina Submersa - Memórias” foi uma experiência tão surreal e fora do comum, que olho para a tela do computador sem saber por onde começar. Como contar essa experiência que, no fim, me deixou sem palavras. Como fazer jus a complexidade maravilhosa de India Morgan Phelps, a querida e imperfeita Imp.


O livro se inicia meio que do nada. Não há exatamente uma contextualização de espaço, mas sim da personagem principal. Imp irá explicar ao leitor que é maluca. E maluca no sentido mais literal da palavra. Entenda como maldição, genética, como quer – como ela mesma colocaria – mas sua família é repleta de mulheres com condições mentais desfavoráveis. Filha e neta de suicidas, Imp nos dirá que é esquizofrênica, mas nos deixará achando que ela não está tão longe assim da “normalidade”. Isso porque, o normal, muitas vezes, é muito maluco.


Assim como o título nos sugere, Imp começa a um livro de memórias para tentar reconstruir seus pensamentos e lutar contra seus mais profundos demônios, seu relacionamento com a transexual Abalyn, para, finalmente, arquitetar uma trama inteira para nos contar de suas lembranças sobre a misteriosa, manipuladora, linda e Eva Canning.


O livro carrega uma fantasia dark que apenas a talentosíssima Caitlín R. Kiernan poderia nos trazer. Como a própria autora coloca ao fim do livro, escrever essa história foi uma das coisas mais difíceis de sua carreira. Mais especificamente, 27 meses! Um romance diferente de qualquer outro que você provavelmente já leu, o livro conta com uma beleza e horror que estão constantemente em choque.


Além disso, a autora irá referenciar os mais diversos escritores, compositores, poetas e artistas. Entre os escritores, encontramos nomes como Edgar Allan Poe, Lewis Carroll, Charles Perrault, os irmãos Grimm e muito mais. Seus contos ajudarão a tecer a “história de fantasmas” de Imp e servirão de base para todo o enredo.


Entretanto, devo dizer que a leitura não é para qualquer um. Ele é sim um livro extremamente complexo de ser lido. E não por sua linguagem em si, mas por sua profundidade narrativa. Entenda. Imp é esquizofrênica, o que a leva a misturar ficção com a realidade. Tempo e espaço. E isso tudo foi reproduzido perfeitamente no papel. Ou seja, assim como a confusão que se passa na cabeça da personagem, a mesma irá passar pelo leitor. Deve-se ter em mente que é o tipo de livro que você terá de ler não apenas com calma, mas terá de revisitar muitas partes posteriormente. Eu mesma levei um mês para ler um livro de 300 páginas - geralmente me levaria alguns dias.


Como um todo, me senti muito ligada a personagem, muitas vezes entendo a dor de uma obsessão. Todos somos seres humanos... Seres vulneráveis e suscetíveis aos mais diversos males do mundo. Imp é a mais pura representação dos medos que muitas vezes sentimos e determinadas situações. Claro que, diferente de Imp, que sente tudo a flor da pele, nós os guardamos e os deixamos de lado. A leitura nos deixa uma profunda reflexão sobre a vida e sobre como nós nos enxergamos perante nós mesmos.


Título original: The Drowning Girl

Editora: DarkSide Books

Autor: Caitlín R. Kiernan

Ano: 2015 Páginas: 320

Avaliação: 4,5 estrelas

Yasmin Marie

 
 
 

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