RESENHA - VITÓRIA E O PATIFE

chaclivros
26 de set. de 2017
2 min de leitura

Um romance histórico com a marca de Meg Cabot. Criada pelos tios na Índia, Victoria é enviada a Londres aos 16 anos a fim de conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?

Resenha:

Confesso que quando comprei “Vitória e o Patife”, logo imaginei que iria amar. Como não? Era assinada por ninguém menos que uma das minhas musas, Meg Cabot. No entanto, logo no início da trama, já senti uma pontada de preocupação.

Vitória, nossa personagem principal, apresenta características tão confusas, que, em certos momentos, você jura que é uma garota à frente do seu tempo, para logo em seguida ela abrir sua boca e fazer a feminista dentro de você revirar os olhos.

Outra questão que me incomodou profundamente foi a dinâmica dos capítulos. Se o livro fosse, bom, uma crônica ou um conto, eu aceitaria a pressa de cada capítulo. Mas, por ser de fato um livro, achei que os capítulos eram extremamente corridos e a cada novo capítulo, um cenário inteiramente novo e sem muita continuidade se iniciava.

Claro que não há como negar a leveza da narrativa, marca registrada da autora. O livro não é maçante nem nada disso. Na verdade, ele é simplesmente meio “bobo”. Por um breve momento, achei que o fato da idade da personagem e a pouca identificação que eu tive (por ter 24 anos) fosse o fator principal, mas, refletindo bem, leio muitos livros com personagens muito mais novos e, no entanto, me sinto inteiramente conectada a história.

O decorrer do livro prende o leitor por mera força de vontade. O final, pelo menos, apresenta um pouco mais de dinamismo e o enredo engata em algum clímax (por mais leve que seja).

Como um todo, o livro não é horrível, mas fica no final da lista de uma autora que, ainda assim, continua sendo uma das minhas divas eternas <3