RESENHA - CORTE DE NÉVOA E FÚRIA

chaclivros
10 de nov. de 2017
3 min de leitura

O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro. Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

Resenha:

Respirar se tornou um movimento quase que impossível ao longo desse livro. Sarah J Maas prende o leitor de tal forma, que foge do normal. E mesmo com suas mais de 600 páginas, quando você vê, já está em caça do terceiro volume.

A vida de nossa heroína Feyre não está nada fácil. Mesmo. E nosso, até então, querido Tamlin, não está ajudando. Gostaria de desabafar, logo de princípio, como foi um soco no estômago as mudanças drásticas que a Sarah J Maas optou por nos apresentar ao longo desse segundo livro. Não que não tenham sido brilhantemente bem construídos. Longe disso. Mas é difícil de ler. O leitor sofre e isso faz parte de todo bom livro.

Mas, para nossa felicidade, se Feyre já era F*DA antes, não há palavras para descreverem ela nesse segundo livro da série “Corte”.

No entanto, nosso foco se volta, completamente e inteiramente, ao personagem do momento, Rhysand. Seria estranho eu querer que meu namorado mude de nome? Haha Rhysand é um deus feminista em forma de fada super poderosa. O personagem é tão bem construído, que tudo que posso dizer é que eu gostaria de entrar na cabecinha da Sarah e testemunhar a imaginação dela fluindo e construindo um personagem tão cativante. E Rhys não apenas rouba seu coração, ele rouba seu corpo inteiro.

E a tensão entre ele e a querida Feyre é de fazer roer as unhas. Literalmente. Por tipo, 450 páginas. Mas tudo bem, porque cada momento vale apena.

Também somos introduzidos a novos e maravilhosos personagens.

Cassian e Az são os tipos de amigos protetores que você irá querer pra vida. Ambos roubaram meu coração e a forma com que a Sarah traça o histórico dos personagens faz com que o leitor visualize uma vida inteira fora da linha do tempo do livro. Já Mor e Amren são as amigas que eu colocaria em uma caixinha e não dividiria com ninguém. Confesso que entre as duas, morri de amores pela Amren. Com sua língua afiada, lágrimas escorriam das risadas que a deusa fisgava de mim.

E falando em personagens. Por mais que o livro contenha infinitos personagens, todos são extremamente bem desenvolvidos e cada um, de sua forma, mais cativantes que o outro.

Confesso que dos três livros, o segundo tem um lugar especial no meu coração. É o momento mais crítico do enredo e Sarah não decepciona. Como pode imaginar, recomendo ler já com o terceiro em mãos, porque a emoção é muita pra ficar na ansiedade.