RESENHA: A MEDIADORA - LEMBRANÇAS

chaclivros
19 de dez. de 2017
3 min de leitura

Meg Cabot retorna com uma divertida e sexy continuação da saga de Suzannah Simon, a menina que via fantasmas... e os ajudava a passar para a luz. Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa...

Resenha

Essa resenha é carregada de muita emoção e sentimentos mais do que nostálgicos. A primeira vez que li “A Mediadora” eu tinha 15 anos e a única coisa que eu mais ou menos tinha lido era Harry Potter. No entanto, algumas amigas insistiram que eu lesse o livro. Pois bem. Peguei o primeiro volume (de 6) e nunca, nunca mais larguei a série.

Quando soube que a autora, Meg Cabot, iria lançar um sétimo livro, em 2016, meu coração gelou de emoção. O sentimento era tanto, que acabei tendo uma reação bizarra de simplesmente não ler o livro haha com medo de estragar algo que mexeu tão profundamente com um dos aspectos mais fortes de minha personalidade. Meu amor pela leitura.

Com a vinda da maratona, senti que estava no momento certo para eu abrir as páginas desse livro (que apesar de não lido estava na estante já fazia quase um ano) e voltar no tempo, dando de encontro novamente com a minha eterna queridinha, Suzannah Simon.

Diferente dos volumes anteriores da série, em que Suze tinha apenas 16 anos, o sétimo livro nos apresenta uma personagem mais madura, 25 anos, mas com a mesma personalidade feroz, incrível e apaixonante. Pense em uma personagem f*da. “Prazer, Suzannah Simon”. Para aqueles que desconhecem a história, Suzannah é capaz de ver e interagir com fantasmas. E, assim como nos livros anteriores, esses farão de sua vida aquela bagunça deliciosa de acompanhar, se frustrar e torcer desesperadamente por um final feliz.

Naquele momento da vida, louca para se formar na faculdade, estágio não remunerado, ex stalkers à espreita e de casamento marcado, Suze não terá apenas os fantasmas para encarar nesse sétimo livro.

Outro personagem que não poderia faltar é o eterno Jesse, que, aliás, continua sendo a coisa que mais faz a gente suspirar ao longo do livro. E, apesar da minha frustração de não ver em nenhum momento ele proclamar as palavras mi hermosa, mas sim, mi amada, vou relevar esse deslize (sendo proposital ou não) e continuar colocando Jesse entre os top 3 homens de livros mais perfeitos da face da terra haha.

Mas personagens poderosos não param por aí. Se a nostalgia não era suficiente, pode ter certeza que o banho de amor não para por aí. Boa parte dos personagens que tanto amamos dos outros livros voltam, cada qual com suas vidas transformadas. Gostei demais do rumo que a autora deu para boa parte dos personagens e amei mais ainda a volta de uma Paul Slater para infernizar a vida da Suze e do Jesse.

Como um todo, Meg, como de costume, não falha em uma narrativa envolvente, viciante e de fazer a adolescente em mim vibrar de emoção. Só posso dizer que o livro me deixou uma saudade gostosa da série que pra sempre terá um lugar especial em meu coração.